Livro do Guerreiro

Ó Grande Espírito, cuja voz eu ouço nos ventos, E cujo sopro dá a vida ao mundo todo, escute-me Venho eu em sua presença, como um de seus muitos filhos, Eu sou pequeno e fraco, E preciso de sua força e sabedoria. Deixe me vagar pela beleza e faça meus olhos sempre contemplarem o vermelho e púrpura do pôr do sol. Faça minhas mãos respeitarem as coisas que você fez, Meus ouvidos afiados o suficiente para ouvir sua voz. Faça-me sábio, assim poderei conhecer as coisas que você Tem ensinado ao meu povo, e as lições que você tem escondido atrás de cada folha e cada pedra. Eu procuro a força, não para ser superior aos meus irmãos, Mas para ser hábil a lutar contra o meu grande inimigo -- eu mesmo. Deixe-me sempre preparado para chegar até você com mãos limpas e olhos francos, Então quando a vida desvanecer como o desvanecente pôr do sol, Meu espírito irá até você sem nenhuma vergonha.

Guerreiros não creem em pré-destinação... eles são capazes de moldar o seu próprio destino, movem-se em direção aos seus propósitos e não ficam aguardando a iluminação chegar como surpresa. O Universo fornece tudo que o guerreiro precisa para que ele atinja seus propósitos; desde que não cause o mal aos outros, seus caminhos estarão sempre abertos. Cultivando a sabedoria e as verdades do Universo dentro de si mesmo, o guerreiro aprende a ver as portas abertas.

No vazio, energia e percepção modelam nossa vida. (Morihei Ueshiba)

O coração do homem é igual a um cavalo selvagem. Ele necessita ser domado pela razão para que não saia em galope desgovernado e termine em a beira de um precipício. O guerreiro deve domar o seu "cavalo selvagem", para que sua mente possa ver o quê oculto está do profano eufórico. A cegueira provocada pelas emoções sem limites geram problemas fora do controle pessoal de cada um, e terminam por prejudicarem aos que ao seu redor estão. Como poderá o teu próximo confiar em você, se não és capaz de domar a tí mesmo? Desejos são alimentos para a alma, mas uma indigestão o espera se passar a fazer tudo em função de alcançá-los, sem medir toda e qualquer consequência.