Contentamento x Gratidão

É verdade que devemos agradecer todos os dias pelo que temos, pelo que somos e pelo que caminho que já percorremos. Mas sermos gratos não é a mesma coisa que nos contentarmos com o que temos, com o que somos e com o caminho já percorrido.

Quando nos contentamos nos tornamos seres egoístas. Egoístas porque o que temos é findável, e não será possível repartir com o próximo. Não podemos repartir o que nos é limitado; é da natureza humana e é sensato mantermos o mínimo para cada um. Se repartimos o que nos é escasso ou limitado, corremos o risco de nos deixar levar por tentações. Assim, se nos contentarmos com o que temos, corremos o risco de nos tornarmos egoístas ou loucos; porque só reparte o que não se tem, os que são insensatos. Acaba-se por pedir esmola para dois!


Quando nos contentamos com o que somos, nos tornamos egoítas, porque deixmos de nos adaptar a vida e a natureza, sejam as mudanças do meio em que vivemos ou defeitos e falhas em nós mesmos que, ao serem mudadas proporcionam o bem estar de cada um a sua volta. Quando nos contentamos com o que somos, deixamos de evoluir como seres humanos, nos tornamos arrogantes em nosso próprio ser. Essas coisas geram desarmonia em nosso ambiente e, tudo que entra em desarmonia com a natureza ou é modificado e adaptado, ou é simplesmente selecionado e descartado!


Quando nos contentamos com o caminho já percorrido, nos tornamos egoístas; pois já não queremos continuar e, muitos esperam de nós o próximo passo. Somos seres sociáveis, devemos dar sempre o próximo passo para que as armadilhas do contentamento com o que temos e com o que somos não nos apanhe. Quem se contenta com o comainho já percorrido, torna-se um ser desmotivado para tudo, seja para amar ou viver.


Para entendermos o porquê que não devemos nos contentar, vamos recorrer a filosofia Hermética e, para isso vejamos algumas leis:


  • A Lei da Correspondência define que tudo que está em cima é como o que está embaixo, bem como o que está embaixo é como o que está em cima.

  • A Lei da Vibração nos diz que todas as coisas se movimenta e vibram com seu próprio regime de vibração.

  • A Lei do Ritmo diz que tudo está em movimento atendendo a um ritmo, de acordo com a natureza de cada coisa.

Quando desrespeitamos essas leis nos contentando, o próprio Grande Arquiteto do Universo vem e nos coloca em movimento novamente; porém, isso é feito nos jogando ao chão - aí ocorre a nossa queda. Ele faz isso com cada um de seus eleitos, para que possamos nos harmonizar com a natureza e com o Universo novamente.


Quando ocorrer uma queda em sua vida, procure saber o ponto de desarmonia que gerou esse rompimento entre você e tudo que existe. Para toda causa há um efeito - Lei da Causa e Efeito. A queda é o efeito da causa da desarmonia do seu contentamento.

Chegamos assim ao pensamento de que o contentamento, a longo prazo, nos traz desarmonia em nossas vidas e aos que estão próximos a nós. Não devemos confundir contentamento com gratidão.

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